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Instituto Público

Um ponto de encontro de ideias.

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Há uma corrente alternativa no PS: corre da esquerda para a direita

Francisco Assis é, salva a devida distância, uma espécie de Rangel do PS: ambos tiveram um episódio que os catapultou para o primeiro plano dos respectivos partidos (Assis levou pancada em Felgueiras, Rangel fez um discurso de dedinho em riste e sem cravo na lapela num 25 de Abril durante o governo de Sócrates). Lançados por esse protagonismo, continuaram no primeiro plano dos partidos e... nunca mais desapareceram. A partir de certa altura, já ninguém os pode ouvir. Estão ambos em Bruxelas e, para infelicidade dos respectivos líderes partidários, não há maneira de desaparecerem. Assis e Rangel já foram líderes partidários. Já concorreram à liderança dos respectivos partidos - e perderam. Hoje em dia, ninguém sabe bem que posição ideológica assumem no partido. Ou, no caso de Assis, ninguém sabia, até agora. Assis é, afinal, um feroz defensor da decência política, potencialmente violada por um acordo à esquerda. Assis pertence, por isso, a uma "corrente alternativa" no PS. A "corrente alternativa" de Assis será mais pequena que um jantar na actual casa de Sócrates. Pouco importa: Assis pertence e precisa de uma corrente alternativa: é preciso algo que faça a máquina de citações de autores por ele nunca lidos continuar em movimento. A escolástica de Assis precisa de uma nova locomotiva. A redacção do Observador está ligada à corrente com a corrente alternativa de Assis: uma pesquisa com o nome "Francisco Assis" devolve nos seis primeiros resultados, duas notícias do Observador sobre a "corrente" (os outros resultados são duas páginas da wikipédia, a página de Assis no Parlamento Europeu e a página do Público com os seus artigos de opinião). Daqui se percebe a quem interessa é interessante a "corrente" de Assis. Na verdade, pouco importa o tamanho da corrente de Assis; é mais irónico o facto de serem os mesmos que tanto criticavam os partidos à esquerda do PS de dividir a esquerda tentarem agora impedir um acordo histórico de união das esquerdas...criando eles próprios uma "corrente" alternativa.

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